terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Combate em ambientes confinados

Combate em ambientes confinados
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Combate em ambientes confinados, batalha em área restrita ou combate a curta distância é um tipo de ação militar em que se emprega um conjunto de táticas quando a proximidade com o alvo é mínima. O cenário típico desse tipo de intervenção de ação cirúrgica é o ambiente urbano, como casas, apartamentos, prédios e quartos. É caracterizado pela velocidade, agressividade e a aplicação precisa da força letal. Esse conjunto de técnicas foi desenvolvidos nos anos 70, na Inglaterra pela Special Air Service do exército da Grã-Bretanha, e se tornou popular com as unidades policiais metropolitanas SWAT, dos Estados Unidos. Os operadores, soldados que aplicam estas técnicas, são necessariamente especialistas em suas armas, e treinam repetidas e exaustivas vezes as entradas nesses ambientes, até adquirirem uma pericia instintiva. Estas técnicas são bastante complexas, normalmente administradas em Forças Especiais e Comandos, e exige decisões rápidas, reflexos, precisão de tiro e trabalho de equipe num nível muito alto. Essas táticas são o principal fundamento do antiterrorismo e da guerra não-convencional.

Fundamentos

Os princípios básicos deste tipo de ação são a velocidade, agressividade e surpresa. Antes da ação existe um amplo e detalhado trabalho de planejamento e inteligência, que vai decidir as formas de entrada.

Na técnica militar americana existem duas formas de entrada, furtiva e dinâmica. Na maioria dos casos uma entrada dinâmica, que usa de muito barulho e violência criando uma aparente confusão desmoralizadora nos inimigos, utilizada normalmente por policiais. A entrada furtiva é caracterizada por silêncio seguido de uma precisa e letal ação rápida e violenta, utilizada normalmente por militares.

Doutrinas e escolas militares

Atualmente, destacam-se três tipos de doutrinas que são largamente pregadas e copiadas no mundo inteiro. Apesar de todas elas inspirarem-se nas doutrinas originadas da Grã-Bretanha pelo 22o Regimento da Special Air Service do Exército Britânico, elas vem sendo desenvolvidas adaptando-se a necessidade de cada nação.

  • A Britânica, caracterizada pela velocidade e seu alto nível de dificuldade. Foi utilizada com invejavél sucesso no episódio cerco à embaixada Iraniana em 1980 contra os terroristas, depois de oito dias de negociações sem resultado, a invasão foi conduzida por um destcamento especial da SAS e resultou com a morte de todos os terroristas e a libertação de todos os refens que estavam vivos. Ex: a própria SAS.
  • A Americana, caracterizada pela simplificação. Apesar de ser a mais copiada do mundo, é a mais vulneravél, podemos citar o desastre do cerco de Waco. Ex: Swat, Força Delta, Boinas Verdes, Seals, Rangers, Time de Resgate de Reféns do FBI.
  • A Israelense, caracterizada pela sua ação-precisa violenta, sistemática e progressiva. Apesar da critica aos métodos israelenses é a que mais cresce em credibilidade, a piori pela experiência militar israelense. Podemos citar o cerco a Igreja da Natividade em Belém, que apesar das represálias internacionais, culminou com uma negociação que libertou os refens vivos e a prisão/extradição dos milicios palestinos. Ex: Shayetet 13,Sayeret Matkal,YAMAM.

Progressão em favelas

Está técnica foi desenvolvida no Brasil pelo BOPE, Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, pela necessidade de agir no caos das ruas apertadas e estreitas de invasões nos morros e encostas da cidade do Rio de Janeiro. As favelas se tornaram uma área hostil à polícia devido ao tráfico de drogas e o crime organizado, e era um grande obstáculo para as ações policiais, pois normalmente os criminosos tem uma visão privilegiada posicionando-se estratégiacamente no cume dos morros. O BOPE despertou respeito de unidades militares estrangeiras por agir nesses ambientes urbanos de alta dificuldade.

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